
De saída, o conjunto de políticas antirracistas representa o reconhecimento do racismo como prática embrenhada nas instituições brasileiras. Por outro lado, sua formulação reivindica que aquele reconhecimento participe do debate público, espraiando o campo do diálogo para fora do círculo exclusivamente jurídico-institucional.
As circunstâncias onde nos descobrimos desde a circulação planetária do novo coronavírus têm exibido o saldo de reiteradas investidas contra a coisa pública. Daí serem estatisticamente identificados os grupos tornados minorias sociais como aqueles mais expostos às políticas de morte coordenadas, também, pelo atual Chefe de Estado. O tema será desdobrado a partir das contribuições de quatro pesquisadoras dedicadas ao arco que parte da infância às relações de trabalho, forçosamente esbarrando em quaisquer relações fundeadas na segregação racial e seu ponto de culminância ou o genocídio da população negra.
Maria Sylvia Aparecida de Oliveira – advogada; presidenta do Geledes-Instituto da Mulher Negra; mestranda no Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (Diversitas/FFLCH/USP), Conselheira Seccional e Presidenta da Comissão de Igualdade Racial da OAB/SP
Megg Rayara Gomes de Oliveira – doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professora adjunta no setor de educação e professora no Programa de Pós-graduação em educação na Universidade Federal do Paraná. É coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da Universidade Federal do Paraná. Discute os seguintes temas: Relações raciais, Arte Africana, Arte Afro-brasileira, gênero e diversidade sexual.
Rosane Borges – jornalista, doutora em Ciências da Comunicação (ECA-USP), professora pesquisadora do Colabor (ECA-USP), integrante da Comunidade Reinventando a Educação. Articulista da Carta Capital Digital, do blog da Editora Boitempo e do Site Jornalistas Livres. Autora de diversos livros, entre eles: Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004), Mídia e racismo (2012) e Esboços de um tempo presente (2016).
Waldeste Tristão – doutora em educação pela Faculdade de Educação da USP, professora e coordenadora pedagógica na educação infantil paulistana e Consultora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). É escritora dos livros infantis Conhecendo os Orixás: de Exu a Oxalá (2018) e Do Òrun ao Áiyé – a criação do mundo (2020).
Maria Ribeiro (mediadora) – É professora colaboradora Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades e pós-doutoranda do Diversitas/FFLCH-USP. Cientista social (PUC-SP), mestre e doutora em Comunicação e Semiótica (COS/PUC-SP), com estágio doutoral no Laboratoire SPHERE (Sciences, Philosophie, Histoire) da Université Paris Diderot – Paris 7.
Assista no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=juPrMKLw1bM&feature=youtu.be !